Não sei se Pinto Monteiro, vencedor destas autárquicas no nosso concelho, foi uma escolha bem medida, ponderada e pensada pela concelhia/direcção do PSD ou simplesmente foi o 1º nome que veio à baila, para fazer um "sacrifício" pelo partido, estilo carne para canhão, pois era mais que provável, que ainda não era desta, que José Mota fosse afastado nesta legislatura e só daqui a 4 anos por força da lei, iria haver a oportunidade para tal, tendo mais que tempo para preparar o Delfim - Montenegro? para o embate. Mas nestas coisas da política, como na guerra a sorte protege os audazes e fiquei feliz em saber, que Pinto Monteiro é o novo Presidente da Câmera de Espinho , sinal de que as suas gentes são conscientes o suficiente para saberem, que José Mota já não possuía o elan necessário para continuar à frente dos desígnios do concelho e por isso o afastaram de forma responsável e democrática.
Como na vida e na natureza, a política também se rege pelas mesmas regras, há sempre um Inverno de introspecção, uma Primavera de esperança, um Verão de acção e um Outono de queda - José Mota e o PS entraram no Outono.
Esta Primavera é de esperança, de espectativa, de ilusões e anseios, mas também de humildade, de esforço, concentração e focagem nos problemas essenciais das pessoas, é necessário ir ao ambago das gentes, que por cá vivem ou por cá trabalham, ou nos vem visitar semanalmente ou fazem férias, é necessário ir às suas almas e saber captar as suas essências e com isso dignifica-las...Contudo há aqui uma ressalva, pois também sabemos que o PSD na última vez que foi poder - há 16 anos no tempo do sr. Vitó, deu uns valentes tiros nos pés, que só serviram para serem corridos de lá para fora, pois não souberam dignificar o poder autorgado pelo Povo, que os elegeu e que deveríam de servi-lo condignamente e preocuparam-se com as ditas tricas, que não dignificam ninguém.
Espero e é meu desejo, que Pinto Monteiro e o PSD tenha a humildade, a visão e a entrega suficientes para dignificarem as gentes de Espinho(concelho), sinal de maturidade e respeito que elas merecem, se assim não for, daqui a 4 anos teremos um Outono antecipado e outros a tomar o seu lugar e a lançar um novo ciclo, uma nova esperança - uma nova Primavera e o PSD a fazer uma nova e merecida atravessia no deserto.
José Ferreira
P.S.: Apesar de tudo José Mota deixou um vasto conjunto de infra-estruturas, que dignificam o concelho, cabe agora a todos nós pô-los a funcionar a 100%, para isso é necessário ter ideias, apoiar e frequentar, não chega criticar e ficar em casa.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Totalmente de acordo. E friso a maneira como acabas - temos que, na medida das nossas possibilidades, ser interventivos e participativos !
Uma pequena achega, esperemos também uma abertura por parte das entidades a essa participação e intervenção.
O meu maior "medo" ou por outra, a minha maior certeza é que não interfere tanto o facto de ser PSD PS PCP ou seja o que for (É certo que no tempo do Sr. Vitó não aconteceu nada que estivesse à vista (consta-se foi que parte de Espinho teve acesso à rede de esgotos, um bem essencial). No meu ponto de vista importa é o staff camarário. Permanecerá o mesmo...é sempre o mesmo e os mesmos. Os vira-casacas vão continuar, os "jobs for the boys" irão permanecer. Continuarão a ser atribuídos lugares a pessoas que, antes de serem competentes, são amigos, primos ou sobrinhos. Temos que dotar a Câmara de competência, de frescura, de inovação. E não permitir a criação de empregos para a filha, tio, prima, irmão...ou, no mínimo, que essa filha tio, prima, irmão... seja competente!!
Convém não afastarmos pessoas competentes e com projectos e ideias em favor de mobília velha e comprovadamente incompetente.
A minha sugestão passa pela reestruturação dos órgãos camarários no que se refere ao urbanismo, às questões sociais, não só nos bairros mas na cidade em si e nas freguesias, e no social englobo o cultural. O turismo, tem que se criar condições turísticas que permitam o desenvolvimento da cidade. Criar estruturas geradoras de emprego e de atracção de população à cidade.
Não pensar a tão curto-prazo...
Enviar um comentário