quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Genébra, Bicicletas e o Jogo da Malha

Em Junho deste ano fui com o Núcleo de Montanha de Espinho(NME) aos Alpes, fazer um pouco de escalada e alpinismo. Rumamos primeiramente a Genébra e de seguida fomos de comboio para a capital do alpinismo a nível mundial - Chamonix.


A história, que vos caro contar não tem nada haver com as montanhas, mas sim com o que vi em Genébra. Só pernoitamos lá uma noite e como tal queríamos ver o máximo da cidade e para o conseguir, alugamos umas bicicletas, junto à gare principal dos comboios e lá fomos dar uma volta.


Para além da monumentalidade da cidade e dos seus parques, a sua marina é de tirar o chapéu, com o seu repuxo fabuloso e a quantidade de barcos por lá existentes, nós "povo de marinheiros", à beira deles somos simples aprendizes de feiticeiro...além disso dava gosto de ver as pessoas de diferentes idades a andar de bicicleta, sem preconceito algum, algumas delas até de vestido e fato andavam...


Após algumas horas paramos num grande descampado mesmo no centro da cidade onde se deveria fazer a feira semanal, mas para além disso era utilizado pelos putos da terra, pois também tinha umas rampas para skates e bicicletas. Num dos lados havia uns campos de jogos, estilo futebol de 5 ou andebol onde se jogava um jogo tradicional, que era composto de uma pequena bola, que estava no centro do recinto e os jogadores tinham de lançar outras bolas o mais próximo possível dela. Por estranho, que pareça essas pessoas tinham uma média de idades na casa dos 35 anos e à sua beira estavam os seus filhos e familiares. Estávamos num sábado ao final da tarde...numa das maiores cidades da Suiça, numa das cidades económicamente mais fortes da Europa e quiça do mundo, e por estranho que possa parecer, andar de bicicleta e jogar jogos tradicionais no centro da cidade não os fazia sentir parvónios ou pacóvios, com preconceitos estúpidos, nem obesos e depressivos...


Olhando para este quadro e vendo o meu país, vejo um grande fosso, que nos separa de forma abissal, mas que podería ser contrariado se na minha terra - Espinho, também tivesse um sítio onde se pudesse alugar bicicletas, houvesse mais estacionamentos para elas e se fizesse uma politica junto das escolas para as promover. Além disto poderíamos fomentar também o Jogo da Malha, arranjando sítio para se poder jogar, que podería ser no jardim João de Deus, Feira Semanal ou na Esplanada.


Se este desafio fosse possível de ser concretizado, estaríamos no caminho certo para a nossa auto - promoção, dignificação das nossas tradições e cultura, ao mesmo tempo da nossa saúde e do ambiente e por fim de uma maior socialização das pessoas...mas será que isso interessa aos nossos políticos? Será que só nos querem como espectadores votantes e não como actores?


É um desafio que deixo a todos, especialmente para os nossos políticos e para o nosso futuro em comum.


A todos um Santo Natal e um Feliz 2010, com muita bicicleta e jogos tradicionais, pois velejar ainda não é possível neste concelho à beira mar plantado.


José Ferreira

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Entrevista com Pinto Monteiro - Público

Autarca espera que o acordo para a requalificação da zona conquistada à via férrea não tenha desaparecido no "temporal" pós-autárquicas

"Não consigo perceber como se inaugura uma biblioteca a dois dias das eleições sem livros, dizendo-se que o espaço abrirá no final do ano", protesta o novo presidente da Câmara de Espinho. "É absolutamente incoerente, além de uma jogada política que os espinhenses penalizaram em devido tempo". Pinto Moreira não adianta uma data para a abertura do equipamento. O primeiro passo é lançar o concurso para a compra de mobiliário. Mas há outros problemas por resolver. "A biblioteca foi inaugurada sem livros e sem luz", garante. E acha que está sobredimensionada. "É, em bom rigor, grande demais para a nossa dimensão e para aquilo que são as necessidades do município", afirma o autarca.Joaquim Pinto Moreira, que conquistou a presidência da Câmara de Espinho para o PSD, tem em mãos o projecto de requalificação da zona à superfície da linha férrea e a abertura da biblioteca, inaugurada sem livros dois dias antes das autárquicas. No primeiro caso, aguarda que os serviços municipais encontrem o protocolo que terá sido assinado com a Refer (Rede Ferroviária Nacional) e lamenta o "deserto" em que o local se tornou. No segundo, vai lançar o concurso para a compra de mobiliário e ligar a luz.

Público de 9 de Dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ONDE PARA O PARQUE INFANTIL - II?

Soube nestes dias, que há uma nova legislação sobre os parques infantis. Aqueles, que não a respeitarem, ocorrem numa multa para o município entre os € 30 000,00, valor mínimo e os € 60 000,00, valor máximo. Também me contaram, que um novo parque infantil, que respeite na íntegra a nova legislação custa cerca de € 60 000,00.

Posto as coisas desta forma, muitos municípios resolveram retirar os parques infantis, que não estavam actualizados, para não pagarem a multa, mas como estamos em crise, também não há dinheiro para um novo, assim sendo é de esperar algum tempo ou muito tempo até, que as criancinhas da nossa frêguesia possam novamente ter um sítio para descarregar energias de borla.

Para rematar, quero dizer, que muitas vezes no decorrer do processo legislativo não se procura legislar de forma responsável e justa para todos os intervenientes, naturalmente, que a segurança é fundamental, mas para mim parece-me inconcebível, que não haja uma legislação do tipo utilizado nos elevadores dos prédios, que sempre, que há uma nova alteração, eles fazem o up -grade ao existente, sem ter de o abater e arranjar um novo para o lugar...

Deixa-me triste saber, da falta de sensibilidade de quem legisla, pois fala-se tanto na reciclagem, no poupar, de não estragar e faz-se uma nova legislação, que a única coisa, que faz é deitar o antigo para o lixo e colocar um novo no lugar. Contudo até haver dinheiro para isso, vamos estando sem parque infantil para as nossas crianças...

É por isto e por outras coisas, que continuamos cada vez mais na cauda da Europa.

José Ferreira

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ONDE PARA O PARQUE INFANTIL?

Estava eu a passar pelo Parque João de Deus a olhar para a nossa nova biblioteca e constatei a falta do Parque Infantil - "ó diabo, onde é que ele foi parar?", disse cá para os meus botões num tão de ira, pois a única instalação do género da frêguesia tinha desaparecido, por entre relva e flôres. Que dirão as pobres criancinhas, por tamanha vilpilhagem, concerteza andam amuadas, endiabrados e revoltados lá em casa a chatear os país e vizinhos, com correrias desmezuradas ou atirando brinquedos às paredes para desgastar energias, pudessem elas se manifestar e teríamos alguns vidros partidos da Câmera Municipal ou da biblioteca. Era bom que os responsáveis por tamanha fazenha, tenham o tino e respeito por elas, pelos seus país e pela memória colectiva de todos, que por lá passaram e que voltem a colocar a instalação no lugar, não fazem mais do que a sua obrigação, ou andamos de cavalo para burro?



José Ferreira