Estou para comentar uma das entrevistas políticas que têm vindo na Defesa de Espinho, já há algum tempo.
É a do Presidente do nosso Município precisamente.
Entre ataques velados e pouco racionais à oposição e especificamente a uma outra entrevista no mesmo jornal dada pelo Dr. José Guilherme Aguiar, o senhor presidente fez uma afirmação chave que me deixou realmente irritado.
Quanto aos ataques à oposição, e dada a experiência política que José Mota tem, não foram bonitos e pareceram sair mais de rancor do que de ideias diferentes daquelas que são apresentadas por outros. Naturalmente, não concordarão com tudo o que o executivo camarário propõe, aprova, manda e desmanda. É a Democracia. Uma chatice dos diabos, mas é o melhor que se arranja e temos de saber viver com ela.
Quanto aos comentários pouco edificantes sobre a entrevista de José Guilherme Aguiar, são isso mesmo, pouco edificantes e em nada contribuem para o município de Espinho. Dado o que Guilherme Aguiar fez como vereador do município de Gaia, parece-me uma vez mais que foram comentários mais de rancor do que outra coisa qualquer.
Quando se faz notar que é alguém de fora a falar sobre Espinho, se calhar devemos lembrar-nos que o sr. Presidente também veio de fora de Espinho e mesmo assim tem merecido a confiança dos eleitores da terra.
Tudo isto me chateou, mas pronto. Somos uma Democracia e José Mota tem exactamente o mesmo direito que eu tenho de afirmar o que afirmou, no tom que bem entender. Chama-se liberdade de expressão.
O que me deixou realmente chateado e muito apreensivo quanto à possível reeleição deste executivo, foi a "magistral" frase:
"Não é preciso campanha, por que a obra vê-se".
José Mota que é bem mais velho e bem mais experiente nestas coisas de política democrática do que eu, devia saber para que serve realmente uma campanha eleitoral.
É para apresentar projectos para o próximo mandato. Apresentar programa de administração autárquica para os próximos 4 anos.
Uma campanha não é para se dar a conhecer ao povo, é para dar a conhecer as suas ideias e projectos para a gestão do bem público, neste caso o nosso Município.
Se José Mota acha que não vale a pena fazer campanha, faz-me pensar que não tem projecto ou ideia que seja, para apresentar ao município.
E isso, apesar de toda a liberdade de expressão, irrita e preocupa-me muito!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
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